Câncer de Pênis

Dr. André Yoichi – Urologia / Uro-oncologia

O câncer de pênis é um tipo raro de câncer, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. No Brasil, esse tipo de tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, sendo mais frequente nas regiões Norte e Nordeste.

 O que aumenta o risco?

A doença está associada à má higiene íntima e à infecção pelo papilomavírus humano (HPV).
Homens que não se submeteram à circuncisão (remoção do prepúcio ou pele que reveste a glande, a “cabeça” do pênis), também possuem um risco aumentado devido à dificuldade de higienização favorecer o acúmulo de esmegma.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a evolução do tumor e a posterior amputação total do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem.

Como prevenir?

A prevenção se faz através da limpeza diária do órgão com água e sabão, principalmente após as relações sexuais e a masturbação. É fundamental ensinar aos meninos desde cedo os hábitos de higiene íntima.

A cirurgia de fimose é outro fator de prevenção. A utilização do preservativo é imprescindível em qualquer relação sexual, já que a prática com diferentes parceiros sem o uso de camisinha aumenta o risco de desenvolver a doença.

Além disso, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, há cada vez mais evidências que associam o Papilomavírus Humano (HPV) e o câncer de pênis. No Brasil a vacina contra o HPV faz parte do calendário nacional e está disponível gratuitamente nos postos de saúde.

Sinais e sintomas

A principal manifestação do câncer de pênis é uma ferida ou úlcera persistente que não cicatriza. Além da tumoração no pênis, a presença de gânglios inguinais (ínguas na
virilha), pode ser sinal de progressão da doença (metástase).

Como diagnosticar?

O diagnóstico do câncer de pênis é feito basicamente por meio da biópsia (retirada de um fragmento do tecido) de qualquer lesão peniana suspeita. Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de pênis tem alta taxa de cura.

Tratamento

O tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha).
Em estágios mais iniciais, pode ser indicado apenas a cirurgia, que consiste basicamente na remoção da lesão primária peniana (penectomia parcial ou total) associada à linfadenectomia inguinal bilateral com intenção curativa.

Em estágios mais avançados da doença, além da cirurgia, a radioterapia e quimioterapia também podem ser oferecidas. Por isso, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura e menos traumático é o tratamento.

 

Atenção: A informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com o Serviço de Saúde.