Tecnologia de última geração para o tratamento do câncer de próstata, rim e bexiga. A cirurgia robótica pode ser considerada uma evolução da cirurgia minimamente invasiva laparoscópica.
A incorporação da tecnologia robótica para auxiliar os procedimentos cirúrgicos tornou-se realidade próximo aos anos 2000, através de uma empresa chamada Intuitive Surgical que idealizou uma plataforma cirúrgica chamada Da Vinci Surgical System. No Brasil esta tecnologia esté disponível aos pacientes desde 2008, porém ainda não é amplamente utilizada como em outros países desenvolvidos.
Apesar de inicialmente o termo “cirurgia robótica” induzir a ideia de que o robô realize a cirurgia de forma autônoma, na realidade ele é utilizado para auxiliar o médico no ato cirúrgico, e o aparelho não executa nenhuma atividade de maneira independente. Todos os seus movimentos apenas reproduzem os comandos do cirurgião. No entanto, diante de ações imprevistas pelo cirurgião, a tecnologia robótica aciona um comando de segurança que trava provisoriamente a máquina, evitando danos ao paciente. Se o médico tirar o rosto da tela de controle, o robô também para automaticamente.
Além da segurança e dos benefícios da Cirurgia minimamente invasiva, a tecnologia robótica se diferencia das demais técnicas por filtrar e eliminar possíveis tremores e eventuais movimentos bruscos involuntários do cirurgião, ampliar a imagem com uma melhor resolução e gera-la em três dimensões (3D), melhorar a amplitude dos movimentos, tornar mais delicados e precisos certos passos da cirurgia. Para poder realizar os procedimentos pela técnica robótica o cirurgião deve além de dominar as outras técnicas cirúrgicas tradicionais passar por um treinamento específico e ser aprovado por uma instituição certificadora. Somente após este processo a utilização do robô para as cirurgias são autorizadas, o que torna ainda mais seguro o procedimento.
Atualmente diversas especialidades médicas já incorporaram a tecnologia robótica nos procedimentos cirúrgicos, como a ginecologia, cirurgia bariátrica, cirurgias intestinais, cirurgias torácica e cardíaca, cirurgia de cabeça e pescoço, entre outras; porém a urologia talvez seja a especialidade que mais tem utilizado os benefícios da cirurgia robótica.
A urologia utiliza os recursos da cirurgia robótica no tratamento de diversas doenças e muitos delas com grandes vantagens ao paciente sobre as outras técnicas. As principais doenças urológicas que podem ser tratadas por via robótica são tumores ou câncer renal, cirurgia para correção de mal formação renal, câncer de próstata, hiperplasia benigna da próstata e tumor de bexiga.
CIRURGIA ROBÓTICA E CÂNCER DE PRÓSTATA
Quando um tumor maligno é identificado na próstata uma das opções de tratamento é a sua retirada através de um procedimento cirúrgico chamado prostatectomia radical. Esta cirurgia pode ser realizada pelos métodos aberto (tradicional), vídeo-laparoscópico ou via cirurgia robótica. Atualmente mais de 90% das cirurgias de câncer de próstata realizadas nos Estados Unidos ocorrem por meio dos robôs e provavelmente este seja o procedimento mais realizado pela via robótica no mundo. Isto se deve a algumas peculiaridades deste procedimento: A próstata, por se localizar na pelve, é considerada um órgão de difícil acesso para procedimentos cirúrgicos por qualquer técnica. Devido à qualidade do robô em trabalhar em espaços reduzidos sem perder o detalhamento dos tecidos e a precisão dos movimentos, isto garante uma melhor qualidade na dissecção dos tecidos operados, permitindo, por exemplo, uma melhor preservação dos nervos responsáveis pela ereção. Por isso estudos tem demostrado potenciais benefícios relacionados a recuperação precoce de continência urinaria e possivelmente maior chance de recuperação de função erétil (potencia sexual) nos pacientes operados pela técnica robótica.
Porém é importante ressaltar que o uso da tecnologia robótica não garante que a cirurgia não trará consequências indesejadas.
Atenção: A informação existente neste portal pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação profissional com o Serviço de Saúde.
